Olá pessoal.
Como estão?
Hoje temos aqui a participação de nossa amiga Sílvia Cristina (participante número 42).
Sílvia escreve sobre as alegrias encontramos quando nos dispomos a receber e enviar cartas.
Eu escrevia cartas na adolescência. Antigamente era possível encontrar nas últimas páginas das revistas, o endereço de pessoas interessadas em trocar correspondência, algo como o "Cantinho da Amizade".
Como estão?
Hoje temos aqui a participação de nossa amiga Sílvia Cristina (participante número 42).
Sílvia escreve sobre as alegrias encontramos quando nos dispomos a receber e enviar cartas.
Eu escrevia cartas na adolescência. Antigamente era possível encontrar nas últimas páginas das revistas, o endereço de pessoas interessadas em trocar correspondência, algo como o "Cantinho da Amizade".
Quando eu iniciei o estudo do francês, eu consegui um amigo
canadense que pacientemente respondia minhas cartas cheias de perguntas sobre
sua cultura e costumes.
A vida passou...se tornou uma corrida maluca para ter mais,
para ser a melhor, para estar na moda. Uma vida de relacionamentos superficiais
porque não sobra tempo para olhar nos olhos das pessoas, escutar com a mente e
o coração ao invés de somente ouvir.
De repente, eu me enchi de saudades das coisas simples, de
ter tempo, de fazer com as próprias mãos, de conversar olhando nos olhos e sem
interrupções. Eu propus aos colegas algumas atividades, mas nunca dava certo,
ninguém tem tempo para dedicar. Então, me lembrei das cartas.
Eu me lembrei de sentar-me a mesa e por um tempo dedicar o
meu tempo a uma única pessoa, de escrever pensamentos, poesias, sentimentos,
esperanças. Eu me lembrei da voz de um homem que passava por minha rua gritando
"caarteeirooo" e da alegria de receber aquele envelope de listras
verdes e amarelas.
Eu procurei pessoas para escrever cartas, mas elas sempre me
diziam: "porque não manda um e-mail, é mais fácil."
No ano passado, eu completaria 50 anos (meio século de
vida!), queria fazer algo diferente para celebrar essa data. Um dia digitei no
Google a frase trocar cartas e hoje eu escrevo cartas para todos os Estados do
Brasil e para 15 países.
As palavras são insuficientes para expressar a alegria que
senti quando recebi a primeira carta. Elas são insuficientes para contar como
uma amizade nasce e se fortalece nas páginas de uma carta.
As cartas são para mim como sementes plantadas em solo
fértil. Sementes de amizade, bondade, alegria, respeito e paz.
Eu comparo o tempo que as cartas levam para chegar ao seu
destino ao tempo de germinação e crescimento de flor. E o momento em que a
carta chega ao seu destino ao momento da colheita e de presentear essa flor.
Escrever cartas é uma experiência fascinante! É o meu prazer
secreto!
Uma carta pode transformar uma vida.
Com carinho.
Silvia Cristina
Que lindo tudo o que a Sílvia escreveu!
ResponderExcluirTransmitiu toda a delicadeza que pode existir numa carta!
Beijo.